Encontro 1000, local +/-

Para começar, quero dizer que para nós que não ficamos só pensando nas dificuldades antes de uma saída, por sermos usuários de cadeira de rodas, temos mais é que ir aos lugares adaptados ou não, e sairmos mostrando os erros do ‘inacessível’.

Outro episódio recente foi na pizzaria Parmê do Méier. Local no qual eu ainda não conhecia e fui, ao ser convidado por uma grande amiga, a Marcinha, que não via há um tempão.

Cheguei calmamente ao lugar marcado, um pouco antes da minha amiga, e:

Estacionamento é na rua com uma única vaga seletiva, a qual a guardadora me disse ter que “brigar” para não estacionarem indevidamente no local.

Do lado da Parmê a calçada é bem baixa, e me perguntei por que não a pizzaria não melhora este simples detalhe com um rebaixo do meio-fio.

Aí lá dentro fui conferir que só pode ser desinteresse da gerência mesmo. As mesas são dispostas muito perto umas das outras, e tive que ficar perto da porta por pura falta de opção.

Então, depois de uma companhia deliciosa e um bom papo, e por sinal bom como a pizza que eu degustara, chegou o momento do BANHEIRO, e lá estava..., a malfadada porta, daquelas que mal se passa em pé – é ainda bem que já era hora de ir embora! Mas..., se liguem só nisso: - pra piorar, o local não aceita cartões de crédito! Pode? Nos dias de hoje...

Bom..., do meu prazeroso encontro posso dizer que pelo menos a pizza foi muito boa e a companhia foi excelente.

Avalição do local: Ruim de acesso.

Para quem quiser comprovar:

Méier
Rua Dias da Cruz, 291
CEP 20720-010
Tel. 2583-9291

Um Confere no Maraca e no Engenhão

Costumo ir sempre que posso ao Maracanã assistir com meu filho Matheus os jogos do nosso querido Flamengo, mas já ia há muito, desde antes da reforma, ou seja, peguei a fase ‘braba’! Do tempo em que a gente ficava largado entre, o acesso ruim e a opção de ficar em qualquer lugar – que não dava pra ver quase nada – mas a gente perseverava!

Hoje, com a reforma do templo do futebol para os jogos do Pan e mais a construção do Engenhão a coisa melhorou um pouco; mas mesmo assim têm sempre alguns ‘detalhes’ esquecidos..., vamos lá:

Dessa vez fomos fazer uma matéria com minha amiga Juliana Oliveira, apresentadora do ‘Programa Especial’ e vimos até coisa nova para nós, eu e o meu ‘brother’ Jean Carlos, freqüentadores assíduos. É que tem um setor “pago”, adaptado, acima das cadeiras numeradas para quem tem deficiência – todo na boa; mas é duplamente pago, pois, o sujeito tem que ter a numerada e, além disso, pagar o ingresso. Mas como tem gente com grana também no nosso meio, esse setor está lá para quem quiser, e puder!

No mais o acesso ao Maraca está “quase” 100% - eu disse quase; seja para nós que temos gratuidade, além de crianças até 12 anos e idosos. Os banheiros (meia bomba), a rampa de entrada (muito íngreme), estacionamento (se conseguir), e a visibilidade melhorou ‘um pouco’com a reforma – se a galera não ficar em pé na nossa frente – dá para assistir tudo do jogo. Ainda podia ter alguns lugares rampados entre as cadeiras pra gente poder chegar mais à frente – sempre falta algo pra gente!

Quanto ao Novíssimo Engenhão, que também temos gratuidade, podemos citar alguns detalhes que já tinha reparado no Pan, mas agora no jogo amistoso da Seleção Olímpica sub-23, fui documentando.

Estacionamento: Tem muita vaga, mas temos que ‘implorar’ para entrar com o carro – na época do Pan nem assim!

Acesso de entrada: Rampas! – no Pan tinham os voluntários, agora temos que ficar procurando funcionários que ‘aceitem’ nos dar uma ‘força’ na subida e descida do rampão..., isto porque têm muitos elevadores, mas os mesmos ficam trancados. – Pode?

Visibilidade: Muito boa! – afinal temos que elogiar os acertos também né pessoal!? O ângulo de visão é bom, pois o estádio foi feito com uma boa inclinação das arquibancadas, e a gente consegue ver tudo.

No final, exceto o calorão, a festa foi muito boa – só o jogo que não muito para a seleção olímpica que perdeu de três. Mas valeu mesmo assim.

Até a próxima...

Acessibilidade no Autódromo do Rio

Recentemente tivemos aqui no Rio mais uma prova de Stock Car, o que acabou consagrando o piloto Cacá Bueno campeão por antecipação, mesmo chegando em 10º lugar numa emocionante corrida que teve Duda Pamplona em primeiro. http://globoesporte.globo.com/ESP/esporteamotor/formula1/gp/0,,EPR818-3338,00.html

Mas, em se tratando de respeito às pessoas com deficiência pode-se dizer que a organização do evento teve nota ZERO, chegando, 'aos trancos', em última colocação. - isso porque foram 'muuuito' bonzinhos em pelo menos nos deixarem entrar (desde que se pagasse)!!!

Estive lá pra dar um confere, vamos ver os detalhes:
1ª confusão:
Eu e meu 'super-companheiro', meu filho Matheus de 9 anos chegamos à entrada em cima da hora devido a um mega congestionamento, do qual só consegui me livrar por saber que tinha uma área de estacionamento 'bem depois' do autódromo, lá no complexo Maria Lenk; este sem nenhum aviso e vigilância zero, mas como eu conhecia o espaço por ter trabalhado lá como voluntário fui passando pela multidão de flanelinhas desde o Riocentro para lá poder estacionar.
No portão de entrada uma das encarregadas da produção disse que eu tinha que pagar a meia-entrada que a lei faculta - o quê eu também não sabia, pois, sei que temos livre acesso nos equipamentos públicos - mas ela disse que era um evento particular e o autódromo fora alugado para tal.
- Tudo bem se é assim..., fomos, eu e Matheuzinho até a bilheteria num estacionamento esburacado em meio aos carros estacionados. Só que, a bilheteria tem as baias para uma pessoa de pé; ou seja: como querem que paguemos se não dá nem para chegar lá?



Mas como sou insistente pedi ao filhote para pagar junto ao guichê...









2ª Confusão:
Chegando ao mesmo portão de entrada, apresentei meu bilhete e perguntei calmamente a mesma pessoa que me fizera ir até a bilheteria inacessível: onde é o lugar para pessoas com deficiência? - e ela me respondeu: não tem lugar nenhum reservado, é por aí. - alguém acha que se isso fosse avisado, eu teria pensado em sair de minha casa..., pegar engarrafamento, etc, para ir a uma corrida inacessível? - claro que não.
Mas a recepção me disse que era para irmos para as arquibancadas. Perguntei como, e pedi para providenciarem pelo menos isso. Tinha alguns funcionários no local, com boa-vontade, mas sem nenhum preparo, tanto que ainda tive pedir alguns presentes para ajudar.







E o Matheus foi registrando os flagras!








Fim da aventura: Pelo menos lá em cima, após as confusões deu para ver a corrida (que já tinha até começado). E sem perceber minhas frustrações meu filho ficou feliz.















Até +
Jefferson Maia

Inclusivas

Sob o nome: Inclusivas começamos agora via blog uma nova forma de abrangência no público em geral para a questão do movimento de inclusão social.
Logo daremos continuidade a este blog com notícias, depoimentos etc.
Forte abraço,
Jeff